UE
Santiago Urquijo
A tensão no Médio-Oriente volta a testar a unidade dos 27. O objetivo é pressionar a entrada segura da ajuda humanitária em Gaza, mas sem contrariar o direito de Israel a defender-se. "Pausas" (humanitárias) e "corredores" são as palavras as palavras mais próximas de reunir consenso
As últimas 48 horas foram de intensas negociações para encontrar uma expressão consensual, capaz de substituir "cessar-fogo" ou "pausa" humanitária em Gaza. A solução, adiantam várias fontes, pode ser um apelo a "pausas". O plural é o resultado de um intenso exercício de semântica para responder às preocupações da Alemanha, Áustria e República Checa, que consideram que as duas primeiras opções esbarram no direito de Israel a defender-se e a responder ao Hamas. A outra alternativa é "corredores". Nada está ainda fechado.
"Pausas" são entendidas como "paragens temporárias" na ação militar para permitir a entrada da ajuda humanitária em Gaza, que é o objetivo último dos Vinte e Sete. Um objetivo com o qual todos concordam e que consideram, aliás, que deve ser reforçado e acelerado. Só que para os mais reticentes, apelar a uma "pausa", no singular, seria contraproducente e teria o mesmo efeito de um pedido de cessar-fogo. Berlim, mas também Viena, Praga ou mesmo Riga, consideram que este é ainda de o momento de Israel se defender e de tentar eliminar o Hamas.
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