Chloe Pomfret foi colocada em instituições de acolhimento, e separada dos pais e irmãos, aos cinco anos.
A jovem admite que "ser tirada" aos pais, que tinham problemas com álcool, foi "um processo traumático". Depois disso, viveu três anos com uma família de acolhimento que a "mimavam" muito. "Foram os melhores anos da minha vida", recorda.Aos oito anos voltou a viver com o pai, com quem achava ter "uma relação artificial". Com 11 anos foi viver com o avô, que tinha cancro.
Chloe viu-se forçada a viver novamente com o pai, mas a relação entre os dois deteriorou-se rapidamente. Se, nos primeiros anos de vida, a escola era um refúgio, rapidamente se tornou reflexo das circunstâncias em que vivia e começou a faltar às aulas.
A lidar mal com o luto pela morte do avô e com um comportamento inadequado na escola, o pai ordenou-lhe que abandonasse a casa.
Chloe viveu durante três meses na rua. "Quando estás sozinha nas ruas de Manchester às duas da manhã, a chorar... é aí que te apercebes de tudo", conta.
A futura estudante de Ciências Humanas pensou várias vezes em desistir, mas, depois de conseguir sítio para dormir pela escola que frequentava, decidiu investir nos estudos.
A ideia de se candidatar a Oxford não estava no radar da jovem, até descobrir o curso de Ciências Humanas, que era "tudo o que sempre sonhou".
Depois de um ano na Universidade a jovem decidiu lutar para a instituição apoiar pessoas em situações semelhantes à dela.
"Vejo estes edifícios todos modernos e penso que é todo um outro mundo. Servem-me comida, há uma pessoa que me vem limpar o quarto", relata Chloe.