É uma boa notícia para a empresa e para os contribuintes que subsidiaram um cheque de 3,2 mil milhões de euros para salvar a companhia. E o governo que nacionalizou a transportadora, e agora se prepara para a reprivatizar, colhe óbvios dividendos políticos.
No entanto não há razões para embandeirar em arco com estes resultados. Não há milagres, nem milagreiros.A companhia, tal como as suas congéneres internacionais, beneficia de um período de explosão no turismo. Há cada vez mais gente a viajar, Portugal está na moda e a empresa tem também uma ligação privilegiada entre o Brasil e a Europa, que lhe permite ter preços altos em rotas com pouca concorrência.
No entanto, uma análise mais fina encontra alguns sinais de alerta para o futuro: a empresa parece estar a ser menos eficiente, os custos operacionais estão a subir, particularmente os custos fixos com salários. Se um dia os bilhetes de avião ficarem mais baratos, os lucros podem transformar-se rapidamente em prejuízos.