AMR ABDALLAH DALSH/Reuters
Ao dizer que os ataques do Hamas “não aconteceram do nada”, o secretário-geral das Nações Unidas abriu uma ‘frente de guerra’ com Israel, que prontamente pediu a sua demissão. Analistas ouvidos pelo Expresso apontam a “desproporcionalidade” da reação de Telavive, mas sublinham que “a ONU não aceita, per se, as instruções de um governo”. Na história da organização, só um secretário-geral se demitiu do “trabalho mais ingrato do mundo”
Um pedido de demissão do secretário-geral das Nações Unidas, o cancelamento de um encontro entre António Guterres e o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, a promessa de Telavive de reavaliar as suas relações com a ONU e a recusa de vistos a representantes da organização. As declarações de Guterres durante a reunião desta terça-feira do Conselho de Segurança, em Nova Iorque, suscitaram reações inflamadas por parte de Israel. Quanto à resignação, dos secretários-gerais – Guterres é o nono e cumpre atualmente o seu segundo mandato –, apenas um se demitiu: o primeiro, Trygve Lie, por pressão da então União Soviética.
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