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Joe Biden assina lei que evita paralisação do Governo dos EUA

Joe Biden assina lei que evita paralisação do Governo dos EUA

KEVIN LAMARQUE

Presidente dos Estados Unidos diz que foi evitada “uma crise desnecessária que teria infligido dor desnecessária a milhões de trabalhadores norte-americanos”

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou no sábado à noite uma medida de financiamento de emergência, evitando à última hora a paralisação do Governo durante 45 dias.

O chefe de Estado assinou a lei cerca de meia hora antes do limite estabelecido pela Constituição norte-americana, que levaria a uma paralisação do Governo, que teria começado à meia-noite (05:00 em Lisboa).

Num comunicado, Biden sublinhou que foi evitada "uma crise desnecessária que teria infligido dor desnecessária a milhões de trabalhadores norte-americanos".

"Este projeto de lei garante que as tropas em serviço ativo continuarão a ser pagas, que os viajantes evitarão atrasos nos aeroportos, que milhões de mulheres e crianças continuarão a ter acesso a assistência nutricional vital e muito mais", disse o Presidente.

"Nunca deveríamos ter estado nesta posição", lamentou o chefe de Estado, lembrando que chegou há meses a um acordo orçamental com o líder da maioria Republicana na câmara baixa do parlamento, Kevin McCarthy, "para evitar precisamente este tipo de crise fabricada".

"Durante semanas, os republicanos extremistas da Câmara [de Representantes] tentaram afastar-se desse acordo, exigindo cortes drásticos que teriam sido devastadores para milhões de norte-americanos. Eles falharam", disse Biden.

Sobre a ajuda à Ucrânia, o Presidente defendeu que "a esmagadora maioria do Congresso tem sido firme no seu apoio" ao país.

"Em nenhuma circunstância podemos permitir que o apoio norte-americano à Ucrânia seja interrompido", disse Biden.

O chefe de Estado apelou a McCarthy que "mantenha o seu compromisso com o povo da Ucrânia e garanta a aprovação do apoio necessário para ajudar a Ucrânia neste momento crítico".

O Congresso irá debater um outro projeto de lei que concede 24 mil milhões de dólares (22,7 mil milhões de euros) em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, que Biden queria ver incluído no orçamento.

Uma votação poderá ocorrer no início da próxima semana, segundo a imprensa norte-americana.

Os conservadores mais radicais, como Matt Gaetz, opuseram-se fortemente à inclusão da ajuda à Ucrânia no acordo, apesar do apoio dos republicanos moderados, incluindo McCarthy.

Biden aprovou a lei pouco depois de, tal como esperado, a proposta ter passado facilmente, com 88 votos a favor e nove contra, no Senado, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos, onde os Democratas, que apoiam o Governo de Biden, têm uma maioria.

A lei, que mantém o Governo norte-americano a funcionar até 17 de novembro, inclui 16 mil milhões de dólares (15,1 mil milhões de euros) em ajuda para "os desastres na Florida, o horrível incêndio no Havai e também os desastres na Califórnia e em Vermont".