O início do julgamento de Anastácio Alves, acusado de cinco crimes de abuso sexual contra um menor, agendado para esta tarde, foi adiado devido à adesão à greve de todos os oficiais de justiça da secção criminal do Juízo Central do Funchal (Edifício 2000).
Conforme o DIÁRIO noticiou na edição impressa de ontem, o ex-padre, que fixou residência no norte de Portugal, viajou para a Madeira para este julgamento. Do continente veio também o seu advogado, Miguel Santos Pereira.
Segundo a acusação do Ministério Público, Anastácio Alves terá abusado de um menor. Os crimes terão alegadamente sido cometidos entre 2015 e 2016, na casa da avó da vítima, quando o então padre, que estava colocado numa paróquia em Paris, se deslocava à Madeira em férias.
No decorrer da investigação, Anastácio Alves, que continuava vinculado à Diocese do Funchal, pediu para deixar de ser sacerdote.
Entretanto, a sua defesa contestou a prática dos crimes. Um erro grave de audição da juíza de instrução do Funchal sobre as palavras proferidas pela vítima que provocou a multiplicação do número de crimes, a insuficiência de provas na acusação do Ministério Público e a violação dos direitos do arguido à informação e à presunção de inocência são algumas falhas que a defesa apontou na contestação que entregou em Maio passado no tribunal.