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Rússia recrutou 385.000 soldados este ano e continuará a fazê-lo em 2024

Foto EPA

O antigo Presidente russo Dmitri Medvedev avançou hoje que cerca de 385 mil pessoas alistaram-se no Exército em 2023, em pleno conflito na Ucrânia, assegurando ainda que a Rússia pretende continuar a recrutar em 2024.

"De acordo com o Ministério da Defesa, de 01 de janeiro a 25 de outubro deste ano (...) quase 385 mil pessoas alistaram-se", disse Medvedev numa intervenção durante uma reunião, na qual se apresentou como responsável pelo processo e cujos trechos divulgou na rede social Telegram.

Este número inclui 305 mil pessoas que assinaram um contrato diretamente com o Ministério da Defesa russo e 80 mil “voluntários”, um termo geralmente usado para designar pessoas que lutam nas fileiras de grupos paramilitares como o Grupo Wagner, segundo acrescentou o responsável.

O antigo chefe de Estado, que fez numerosas declarações e ameaças contra o Ocidente desde o início da ofensiva na Ucrânia, em fevereiro de 2022, é atualmente o número dois do Conselho de Segurança russo.

“O forte espírito patriótico e o desejo dos cidadãos do país de defenderem a sua pátria permitem-nos continuar a recrutar”, assegurou Medvedev.

De acordo com Dmitri Medvedev, o atual Presidente russo, Vladimir Putin, confiou-lhe a tarefa de continuar a aumentar as tropas em 2024, formando um novo corpo de Exército, sete divisões, 19 brigadas, 49 regimentos e uma flotilha.

Depois de mobilizar cerca de 300 mil reservistas a partir de setembro de 2022, as autoridades russas, apesar das perdas significativas na Ucrânia, evitaram decretar uma nova mobilização.

Em vez disso, o Exército russo tem levado a cabo uma vasta campanha de recrutamento voluntário desde a primavera, com muita publicidade nas ruas e na Internet, prometendo salários particularmente atraentes e benefícios sociais e bancários aos futuros soldados.

A Ucrânia estima que cerca de 400 mil soldados russos estejam destacados no seu território, ocupando partes do leste e do sul do país.

A Rússia nunca indicou quantos homens lutaram na Ucrânia desde fevereiro de 2022, nem comunicou as suas perdas.

Os aliados ocidentais de Kiev estimaram a força inicial de Moscovo envolvida na ofensiva na Ucrânia em mais de 150 mil soldados.

Desde setembro de 2023, a Rússia mobilizou 300 mil soldados e assinou 385 mil contratos com soldados.