EPA / TAIWAN PRESIDENTIAL OFFICE / HANDOUT
Demorou cerca de sete anos a construir e custou mais de mil milhões de euros. “Haikun”, o primeiro submarino construído por Taiwan, é visto pela região como um mecanismo de defesa em caso de guerra. “Aumentar as capacidades de combate, desenvolver e atualizar os equipamentos e armas, fazem parte da nossa determinação para defender Taiwan”, diz ao Expresso o representante de Taiwan em Portugal. Já a China, critica a iniciativa e reitera que a reunificação “será concretizada”
Taiwan revelou esta quinta-feira o primeiro submarino de fabrico doméstico, numa altura de pressão militar crescente na região por parte da República Popular da China (RPC). Segundo a Reuters, o protótipo que custou mais de 1,4 mil milhões de euros vai passar por testes marítimos antes de ser entregue à marinha. Antecipa-se que entre ao serviço em 2025.
“No passado, um submarino desenvolvido a nível doméstico era considerado uma tarefa impossível. Mas hoje, um submarino projetado e construído pelas pessoas do nosso país está perante vós”, disse a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen. Tsai acrescentou que este equipamento tem como objetivo fortalecer as capacidades de “guerra assimétrica” da marinha.
A RPC considera que Taiwan é parte do seu território e já ameaçou usar a força para a reunificação. A ilha tem sido governada de forma autónoma desde 1949, quando os nacionalistas perderam a guerra civil chinesa contra o Partido Comunista e se refugiaram em Taiwan, que mantém o nome oficial de República da China.
Em resposta escrita ao Expresso, o representante de Taiwan em Portugal, Tsung-Che Chang, mostrou-se confiante na capacidade de dissuasão deste tipo de equipamento contra as forças marítimas da RPC. “Com a construção dos submarinos, que vão ter características de furtividade, ataque surpresa e em águas profundas, aumentaremos as nossas capacidades de combate subaquático, que, de certeza irão ter efeito nas manobras militares da RPC”, declarou.
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